sexta-feira

Não será o melhor texto para começar, mas pelo menos é algo.

O mais trágico nesta luta de géneros a que se convencionou chamar de guerra dos sexos - termo de que não gosto mesmo que entenda - é que transformou profundamente os homens. A liberdade feminina, garantida pelo seu acesso à liberdade económica, defesa legal, ou até mesmo da aceitação da sua condição, mais do que transformar a mulher, modificou os homens. E para pior!
Os homens adaptam-se a circunstâncias. A sua incapacidade, ou falta de vontade para explicar mudanças, traduz-se numa garantia de evolução, e chegados à encruzilhada, os homens escolhem o caminho mais fácil, mais directo, que lhes garanta o menor esforço. Não existe nesta consideração qualquer elogio ao pragmatismo masculino, mas sim uma crítica às mulheres que nos transformaram. Mais do que ter liberdade, é preciso saber lidar com ela.
E porquê a crítica?
Porque acho a mulher o ser mais belo. Nenhum outro ser me merece tamanha admiração. E os homens perderam isso de vista. Os homens deixaram de ver as mulheres, e passaram apenas a desejá-las, a quere-las, e isso é pouco. Limitados pela liberdade delas hoje os homens mais do que egocentricos, são egoístas.
Os homens dividem-se em 3 grandes grupos, escalonados pelo tipo de atitude que adoptam em face às mulheres; temos os consumidores; os coleccionadores; e os apreciadores.
É muito fácil um consumidor se transforme num coleccionador, é possível que um coleccionador se transforme num consumidor, mas nenhum deles será um apreciador. Hoje os homens consomem, coleccionam mas perderam de vista a melhor forma de ter uma mulher: apreciá-la.

Sem comentários:

Enviar um comentário